Estudo comprova riscos de anti-inflamatórios

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Estudo publicado nesta semana no jornal Circulation da Associação Americana do Coração apontou mais evidências de que os antiinflamatórios de última geração, os inibidores da enzima COX-2, aumentam o risco de doenças cardiovasculares. O trabalho mostrou que o Bextra, da Pfizer, pode triplicar o risco de enfartes em certos pacientes.

            Pesquisas verificaram os efeitos do antiinflamatório em ratos geneticamente propensos a ter artérias endurecidas ou arteriosclerose. Eles acharam um composto chamado tromboxane (ou TxA2), produzido pela enzima COX-1, que acelerava a arteriosclerose. Em contrapartida, um segundo estudo, publicado no mesmo jornal, mostra que antigas drogas, como a tradicional aspirina, podem funcionar como prevenção para as doenças que atacam o coração.

            O médico Garret Fitzgerald e seus colegas da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia usaram um método estatístico, chamado meta-análise, para combinar as descobertas de dois testes e, assim, estimar o risco de enfarte nas pessoas que tomam Bextra.

            Sua análise sugere que o Bextra triplica a incidência de ataques cardíacos em pacientes com ponte de safena.

            A COX-2 foi desenvolvida para ajudar no tratamento das dores provocadas pela artrite sem causar no estômago os efeitos colaterais de drogas como a aspirina, por exemplo. Mas, em setembro, a Merck retirou do mercado o Vioxx depois de evidências de que o remédio poderia aumentar o risco de ataques cardíacos. Em dezembro, o Instituto Nacional de Saúde ordenou um estudo sobre o Celebrex, inibidor da COX-2 também da Pfizer.

            A FDA, agência que regula os medicamentos nos Estados Unidos, alertou pacientes e médicos para limitar o uso dessas drogas e realizará um encontro no mês que vem para discutir o assunto. A Agência Européia de Medicamentos fará uma reunião semelhante nesta semana.
18.01.2005