Medicamento tem uso suspenso temporariamente em todo país
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão temporária da comercialização e uso dos medicamentos Lidocaína spray 500 ml, Lidocaína 10% solução 500ml e Lidocaína 2% Gel 120g, da empresa Medicminas Equipamentos Médicos Ltda., com sede em Belo Horizonte (MG).
Segundo a assessoria de imprensa da instituição, a proibição vale para todo o território nacional: lotes estocados nos hospitais não podem ser utilizados. A medida foi tomada após o registro de três óbitos possivelmente associados ao uso do medicamento, utilizados em procedimentos que exigem anestesia local como exames de endoscopia.
Segundo Abdon Murad, da Associação Médica Brasileira, quando acontecem casos como esse é normal que a vigilância suspenda o uso do medicamento para análise: "é preciso avaliar o que houve, pois a lidocaína é usada há muitos anos".
No dia 12 de agosto, no hospital do município de Itagibá, sul da Bahia, duas mulheres e um homem morreram e outras 12 pessoas se sentiram mal após tomar o anestésico. Todos tiveram dores de cabeça e tonturas uma hora depois de receber o medicamento.
A Anvisa e as Vigilâncias Sanitárias estaduais da Bahia e de Minas Gerais estão fazendo análises do medicamento e apurando a causa das mortes.
A notificação de qualquer relato de reações adversas associadas ao uso desses medicamentos é fundamental para o acompanhamento das investigações.
Acompanhe a íntegra do Alerta SNVS/Anvisa/Ufarm nº2 , de 15 de agosto de 2005, suspendendo temporariamente a comercialização da lidocaína no país